Museu do Açude no Rio de Janeiro | Um ponto de cultura na Floresta da Tijuca

Museu do Açude no Rio de Janeiro | Um ponto ponto de cultura encrustado na Floresta da Tijuca, que além da sua ampla área com mais de 151 m² envolta por muita natureza, traz para o visitante a mais significativa coleção pública brasileira de arte oriental, além de uma belíssima coleção de coleções de azulejaria com painéis, sobretudo portugueses.

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Nesse artigo falaremos um pouco mais sobre essa propriedade Castro Maya que foi adaptada para receber o museu e que relaciona de maneira graciosa o patrimônio cultural e também natural ali existente.

Museu do Açude no Rio de Janeiro
Casarão

Visita ao Museu do Açude no Rio de Janeiro

Você pode iniciar o passeio pela mansão ou pelos jardins. Se optar começar pelos jardins você irá percorrer trilhas cheias de obras coloridas e contemporâneas e que estão integradas a paisagem.

Os jardins são de inspiração portuguesa, construídos em diversos terraços ligados por escadarias e salpicados de fontes, chafarizes e espelhos d’água

Um diferencial é que o espaço, apesar de muito antigo, ainda é pouco conhecido dos turistas, então você consegue percorrer todos os espaços com tranquilidade e sem aglomerações.

E se você ficar com a sensação de que as obras ao ar livre lembram de longe o Museu do Inhotim, em Brumadinho, estamos juntos nesse sentimento, pois eu também me senti assim. Inclusive, por lá há uma obra de Hélio Oiticica similar a que existe no museu mineiro (Penetrável Magic Square nº 5 – De Luxe).

Jardins do Museu do Açude
Jardins do Museu do Açude

Ao redor do casarão e também dentro dele você poderá contemplar a coleções de azulejaria com painéis franceses, holandeses, espanhóis e sobretudo portugueses dos séculos XVII ao XIX, de uma delicadeza inexplicável.

Mas não é só isso, dentro da mansão também fica a mais significativa coleção pública brasileira de Arte Oriental, com cerca de 400 peças provenientes do Japão, China, Índia e Tailândia.

Coleção de Arte Oriental e Azulejos no Museu do Açude
Coleção de Arte Oriental e Azulejos no Museu do Açude

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Há um outro prédio, ao lado do estacionamento. É nesse inclusive, onde é feito o pagamento do ingresso para entrar na casa principal. Ali é possível observar esculturas, porcelanato e murais de azulejo, além de poder assistir um pequeno documentário sobre a vida de Castro Maya e também sobre a propriedade.

Galpão próximo ao estacionamento no Museu do Açude
Galpão próximo ao estacionamento

Do galpão, descendo em direção a cancela da entrada do parque é possível visitar ainda a piscina, atualmente desativada e ao chegar percebe-se um certo estado de abandono. Contudo, é bacana visitar a piscina para observar seu revestimento de azulejos azuis e brancos e imaginar como eram passados ali os dias de verão nessa área toda integrada com a floresta.

Piscina do Museu do Açude
Piscina do Museu do Açude

A área do parque veio a fazer parte, mais recentemente, da Trilha Transcarioca.

O que vale saber sobre o Museu do Açude

Se você gosta mesmo é de saber de história, te contamos que o casarão que hoje é o Museu do Açude data de  1913. Raymundo Ottoni de Castro Maya herdou a propriedade na década de 1920 e transformou a pequena construção dando a ela ares de residência neocolonial.

Castro Maya foi um grande empresário, apaixonado pelo Rio de Janeiro, que se destacou sobretudo como grande colecionador de arte formando grande acervo, que mais tarde viria a ser objeto deste museu e de sua outra casa, localizada no Bairro de Santa Teresa e que falaremos mais a frente.

Obra Magic Square Nº 5 de Hélio Oiticica no Museu do Açude
Obra Magic Square Nº 5 de Hélio Oiticica

Foi ele que construiu também um pavilhão para abrigar a coleção de 564 aquarelas e desenhos do pintor francês Jean Baptiste Debred, assim como surgiu o jardim de inverno que exibe um grande painel de azulejos neoclássicos da época de D. Maria I de Portugal.

O museu propriamente dito foi criado em 1964, mas desde 1990 por motivos de conservação as pinturas e obras sobre papel são expostas no Museu da Chácara do Céu, a outra propriedade de Castro Maya.

O Museu da Chácara do Céu e o Museu do Açude formam juntos a Fundação Castro Maya.

Obras expostas na área externa do Museu do Açude
Obras expostas na área externa do Museu do Açude

Como chegar no Museu do Açude

O Museu do Açude fica na Estrada do Açude, 764, no Alto da Boa Vista.

Para quem vai de carro saiba que o estacionamento é grátis, mas as vagas são limitadas. Aliás, o carro é a melhor maneira de visitar o Museu do Açude.

Para alugar carro eu uso e recomendo a Rentcars, que é parceira aqui do blog. A empresa é um comparador, ou seja, busca em todas as locadoras, e te mostra a melhor opção.

Para quem vai de ônibus, seguem duas opções de trajeto: É possível pegar o metrô até a estação Uruguai, na Tijuca e depois as linha de ônibus 302 ou 645. Descer na Rua Boa Vista próximo ao número 120 e depois realizar uma caminhada de mais ou menos 1,5km até o primeiro prédio do museu.

Também é possível descer na estação de metrô Jardim Oceânico, pegar o ônibus 645 e seguir os mesmos passos acima de descer na Rua Boa Vista próximo ao número 120 e realizar uma caminhada de mais ou menos 1,5km. A caminhada é em subida leve.

Caso opte por ir de taxi ou com carro de aplicativo, deixe agendado o seu retorno, visto que o sinal de celular por lá costuma ser bem instável.

Passarela suspensa no Museu do Açude
Passarela suspensa no Museu do Açude de Eduardo Coimbra

Dicas do Museu do Açude

– Não há uma lanchonete ou restaurante no local, por isso, se pretende passar muito tempo por lá, leve um lanche para não ficar desamparado, especialmente se estiver visitando com crianças. Em compensação há bebedouros de água natural disponíveis gratuitamente.

– As trilhas e caminhos na área externa no Museu do Açude podem ficar escorregadias após períodos de chuva, se esse for o seu caso, faça a visita com calma e fique atendo sobre onde está pisando.

– Já falamos algumas vezes que o museu fica em meio a uma densa floresta. É recomendado que você leve repelente ou capriche na aplicação antes de sair de casa para não passar aperto com as picadas de mosquitos.

Museu do Açude
Museu do Açude

Informações úteis sobre o Museu do Açude

Tempo de Visitação: Programe-se para ficar no local por cerca de 2h, assim você consegue percorrer com calma os jardins e espaços fechados.

Custo de entrada: O valor do ingresso é R$ 8,00 com direito a meia-entrada para os casos previstos em lei. Nas quintas-feiras a entrada é franca.

Forma de Pagamento: Somente em dinheiro. Não são aceitos como meios de pagamento nem cartão de crédito, nem débito e nem pix.

Endereço: Estrada do Açude, nº 764 – Alto da Boa Vista.

Horário de Funcionamento: Diariamente (exceto terças-feiras) de 9h às 17h.

Contato: Não há telefone no local, caso queira tirar alguma dúvida antes de visitar o museu é necessário enviar um email para [email protected] ou se informar através do site oficial.

Passarela suspensa de Eduardo Coimbra no Museu do Açude
Passarela suspensa de Eduardo Coimbra no Museu do Açude

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Avisos importantes:

– Devido a pandemia de covid-19, muitos dos atrativos citados nesse artigo podem ter interrompido suas atividades temporariamente ou permanentemente, ou mesmo, podem necessitar de agendamento prévio, por isso, indicamos que você entre em contato com a propriedade antes da visita para confirmar os horários de funcionamento e regras de visitação.

– Os valores citados ao logo desse artigo (caso haja), podem ter sofrido alteração desde a data de nossa última visita.

– Essa página contém link de afiliados, mas não nos responsabilizamos pelos serviços prestados por empresas, hotéis ou anúncios exibidos ao longo desse texto.

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Débora Santiago
Turismóloga e fotógrafa por profissão e blogueira por vocação. Sócio-fundadora e autora do blog Diário de Uma Viajante desde 2010.
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