Conheça a Castrolanda: Colônia Holandesa em Castro

Ao entrar naquela imensa Cooperativa, capital leiteira do Brasil, os olhos já estavam atônitos procurando “o tal” moinho, que eu apenas tinha tomado conhecimento da existência através de algumas fotos, semanas antes. Conforme a van se aproximava mais aumentava a vontade de saltar e ir correndo fazer belíssimas fotos antes da poluição de pessoas.

Confesso que Visitar a Castrolanda ou a cidade de Carambeí não era algo que estava nos meus planos, tão pouco dentro das minhas intenções de viagens pelo Paraná, mas a convite da Sylvia do Blog Sentidos do Viajar, acabei descobrindo essa colônia Holandesa, que fica na cidade de Castro e me interessei pelo passeio.

Um pouco de história

O cenário do fim da segunda guerra mundial na Europa motivou 50 famílias holandesas a deixarem a sua terra natal e imigrarem para o Brasil entre 1951 e 1954 e a se estabelecer no Paraná, as margens do Rio Iapó, na região dos Campos Gerais. Nasceu então, em uma área de 5 mil hectares, a Colônia e a Cooperativa Agropecuaria Castrolanda, uma homenagem ao nome do município de Castro e ao país de origem, a Holanda.

Com a chegada desses imigrantes veio também toda uma infraestrutura de gado leiteiro, tratores e equipamentos para uma indústria de laticínios, que posteriormente veio se tornar a própria marca Castrolanda.

Museu Histórico de Castrolanda

Recém inaugurado em 2016, o Museu Histórico de Castrolanda passou a abrigar o acervo da antiga casa do imigrante. A sede do museu representa uma casa de fazenda “boerderij“, muito encontrada no nordeste da Holanda, de onde vieram a maioria das famílias de imigrantes.

Logo na entrada é possível assistir um vídeo institucional que conta mais detalhes sobre a criação e o desenvolvimento desta colônia holandesa . Após assistir o vídeo é possível visitar duas partes distintas do museu: a esquerda fica a representação da casa (de fazenda) de um imigrante, cheia de objetos, moveis e utensílios que faziam parte do cotidiano dessas famílias quando chegaram ao Brasil; Do outro lado, a direita de quem entra, um museu conta mais detalhes da história desses imigrantes, assim como o vídeo inicial.

Aproveite também para passear pelos jardins, super bem cuidados e cheios de flores. Observe, toque e cheire as lavandas que ficam logo na entrada.

Memorial da Imigração Holandesa – Moinho

O Memorial é o principal atrativo do local. É que ele fica dentro do moinho De Immigrant (O Imigrante), construído em 2001 por um engenheiro vindo da Holanda para comemorar os 50 anos da imigração. Trata-se de uma réplica em tamanho original do moinho Woldzigt, que fica em Drenthe, também na Holanda.

O moinho, que é um dos maiores do mundo e foi construído sem a utilização de pregos, tem 37 metros de altura, do chão a ponta da pá (quando a mesma está na posição vertical) e quatro andares para visitação.

Logo na entrada demos de cara com um realejo original: um curioso instrumento musical movido a manivela que me lembrou uma caixinha de música gigante e o melhor de tudo é que você pode pedir para tocar e conhecer algumas músicas holandesas. Uma das músicas soa familiar aos nossos ouvidos, trata-se de Tico Tico no Fubá de Tom Jobim, que foi encomendada especialmente da Holanda. Nesse andar também fica um salão de eventos que serve a eventos da comunidade e também pode ser locado por terceiros.

No primeiro andar, acima do térreo, o visitante encontra informações sobre o grupo folclórico (grupo de dança) da colônia e também informações sobre a fabricações dos tamancos (sapato típico utilizado pelos imigrantes feito de madeira). Há inclusive um tamanco enorme onde dá para fazer uma foto bem divertida.

O segundo andar fala um pouco sobre o início da história da cooperativa e de como ela foi se estruturando ao longo dos anos. Já no terceiro andar o visitante tem acesso a uma exposição que fala sobre os diferentes tipos, as diferentes funções dos moinhos e também sobre como eles são por dentro. Lá também temos acesso a área externa do moinho, onde ficam as pás. De lá da para se ter uma bela visão do Centro Cultural.

No quarto andar é onde podemos ver como seria o funcionamento do moinho propriamente dito, pois lá existe uma demostração das pedras de moagem de grãos. O acesso a esse espaço deve ser monitorado.

O quito andar é fechado ao público, mas vale saber que é lá que ficam todos os apetrechos para moagem e onde trabalha o moleiro. Esse moinho em específico não produz em larga escala, mas seus equipamentos funcionam para moagem de cereais e produção de farinha. Sua capacidade de produção é de  3.000 kg de farinha de trigo, mas, em geral, funciona apenas como demonstração.

Outros Atrativos

O local conta ainda com a Estação Cafe de Molen, com uma iluminação baixa, o que faz o ambiente ter cara de aconchegante, o espaço é uma espécie de restaurante/pub holandês. Nas paredes estão aplicados recortes de jornais e revistas. Há inclusive um piano disponível para caso algum aventureiro queira tocá-lo. Há ainda uma coleção de latas de cervejas de diversos lugares e outros instrumentos musicais.

Caso você queira almoçar no local, o almoço é no estilo buffet e funciona em horário distinto do restante das atrações. Ele fica aberto diariamente das 11h30min às 15h e de sexta a domingo e feriados, oferece café das 15h às 17h30. Contato: (42) 3234-1411 ou (42) 3232-2948.

Logo ao lado do restaurante fica a lojinha de souvenir e lá é possível achar tanto artigos importados da Holanda quanto produções próprias, com trabalhos de patchwork, bordado, pintura, além de geleias e bolachas, entre outros itens.

Uma biblioteca, abeta apenas para a comunidade da Castrolanda, funciona ao lado do restaurante. Ele abre somente às quartas-feiras, das 9h às 10h da manhã para a troca de livros. Noventa e cinco porcento de seus livros são de literatura holandesa.

Para aproveitar ainda mais o passeio você pode fazer uma visita a Castrolanda combinada com o Parque Histórico de Carambeí. Eles ficam a aproximadamente 30km de distância um do outro, ideal para um passeio bate e volta.

Informações Úteis

Horário de funcionamento: De sexta à domingo das 13h00 às 18h00.
Valor do ingresso: R$ 15,00 a inteira e R$ 7,50 a meia. (Pagam meia entrada os maiores de  de 60 anos, professores e estudantes com carteirinha, doadores regulares de sangue e crianças acima de 7 anos). Cortesia para portadores de necessidades especiais e 01 acompanhante e crianças até 6 anos.
Telefones: (42) 3234-1231 ou (42) 99101-9098
Email: [email protected]
Site: Centro Cultural Castrolanda

*Todos os valores descritos nesse post tem base no mês de novembro de 2018.

Onde ficar em Castro?

O centro de Castro fica a 6km do Centro Cultural Castrolanda (aproximadamente 10 minutos de carro). Caso você vá se hospedar por lá, reserve seu hotel através do Booking.com. Se fizer sua reserva através desse link o blog ganha uma pequena comissão e você não irá pagar nada a mais por isso.

Veja algumas opções de hospedagem:

Blogs que participaram da ação:

– Diário de Uma Viajante
– Sentidos do Viajar
– Olívia Garimpando Por Aí
– Fora da Toca
– Viajando na Janela
– Idas e Vindas Blog
– Uma Senhora Viagem
– De Mochila e Caneca
– Inda Vou Lá
– Turista Fulltime
– Leve Sem Destino

**A visita foi oferecido pelo Centro Cultural Castrolanda como uma cortesia. De qualquer modo reforço que sou transparente em relação às minhas impressões sobre o passeio tendo toda a liberdade de expressão para divulgar as informações sob o meu ponto de vista, mantendo assim a credibilidade deste blog.

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