Como lidar com regionalismo durante as viagens

O Brasil é um país de dimensões continentais, e embora falemos todos a mesma língua portuguesa, são tantas gírias e regionalismos que podem nos colocar em muitas roubadas. Tantas culturas participaram de nossa colonização: indígenas, franceses, italianos, portugueses, dentre muitos outros, que não é raro identificar essas expressões e comportamentos típicos em cada região do país.

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Podemos começar falando de alguns regionalismos que já se tornaram tradicionais como a bolacha x biscoito, que só fazem aumentar a “rixa” entre paulistas e cariocas. Se a rivalidade é sensacionalismo, isso eu não sei, mas como boa carioca que sou, tenho que reforçar que na embalagem está escrito biscoito.

Brincadeiras a parte, muito além do que o cachorro quente que o paulista cisma em colocar purê, e aqui no Rio colocamos ovo de codorna, acabei descobrindo mais peculiaridades sobre esse lanche que em São José do Rio Preto o ingrediente especial é o frango desfiado, no sul do país é comum encontrar cachorro quente com chucrute (uma conserva de repolho fermentado), e lá no Pará, no norte do país, esse famoso alimento pode conter até tucupi (caldo amarelo, aromático e ácido, extraído da raiz da mandioca brava).

Por falar em mandioca, aqui no Rio o mesmo é conhecido como aipim, mas no nordeste do país passa a se chamar macaxeira. O mesmo acontece com a tangerina, que em alguns locais pode ser chamada de bergamota ou mexerica.

regionalismo durante as viagens

Sem falar no jeito que chamamos os amigos. Enquanto em São Paulo ele é “mano” ou “meu” no Rio ele é “cara”, “brother” ou “merrrrmão”. Se pararmos para pensar, esse regionalismo vai muito além do sotaque, o próprio semáforo por exemplo, no Rio chamamos de sinal, em São Paulo é conhecido como farol e lá no Panará chamam o mesmo de sinaleira.

E até a quantidade de beijinhos que você vai dar no rosto do outro pode fazer você entrar numa saia justa. Um, dois, três?

Sem falar das festas populares que acontecem em toda extensão do país e movimentam tantos viajantes. Quem nunca ficou enlouquecido para viajar para as festas da matança que acontecem no sul do pais? A mais famosa delas é a Oktoberfest que acontece lá em Blumenau. Também tem a festa do boi-bumbá tão típica de meados do ano que acontece lá no Maranhão e o próprio Carnaval que faz parar cidades como o Rio de janeiro e também Salvador.

O regionalismo segue impactando as viagens pelo mundo, seja na diferença linguística, como acontece aqui no Brasil e lá em Portugal, que mesmo falando a mesma língua, possuem tantas diferenças, e também nas festas como o “Dia de La Muerte“, no México, que enquanto para uns esse acaba sendo um dia de silêncio e introspecção fazendo lembrar seus entes queridos, por lá, é motivo de muitos festejos.

E a pergunta que não quer calar? Como lidar com o regionalismo durante as viagens? O melhor mesmo é não ter que “lidar”, o melhor é curtir cada cultura e aprender com isso, ou contar para outrem como as coisas funcionam ou como são diferentes na sua cidade ou estado. Comparar costumes, provar comidas, em alguns casos fazer mímicas, não há nada melhor. Aliás, para muitas pessoas esse é o motivo que impulsiona suas viagens.

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Débora Santiago
Turismóloga e fotógrafa por profissão e blogueira por vocação. Sócio-fundadora e autora do blog Diário de Uma Viajante desde 2010.
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