O que fazer em São João Marcos | Você já ouviu falar sobre as ruínas de São João Marcos? Uma cidade que foi totalmente desabitada no século XX e desapareceu do mapa se tornando uma “cidade fantasma”?
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Ela não despareceu totalmente e as ruínas da cidade ainda estão lá. Se você quer saber o que aconteceu com São João Marcos e como visitar o parque, fique conosco nesse artigo pois iremos te contar todos os detalhes.
Como chegar em São João Marcos
O Parque Arqueológico e Ambiental São João Marcos está localizado no município de São João Marcos, a 131km do Rio de Janeiro e a 363 km de São Paulo.
Como chegar em São João Marcos de Carro
Partindo do Rio de Janeiro há duas possibilidades de caminho. Se você quiser ir beirando o litoral siga pela BR-101 em direção a Angra dos Reis e no trevo de Mangaratiba vire a direita para pegar a Serra do Piloto (RJ-149).
Outra opção é seguir pela Via Dutra (BR-116) em direção a São Paulo e pegar a saída 237 em direção a Rio Claro. Passe pela entrada da cidade e vire a esquerta também na RJ-149. De lá são aproximadamente 20km até a entrada do Parque.
Quem vem de São Paulo também deve vir pela Via Dutra, sentido Rio de Janeiro e seguir até a cidade de Rio Claro. Depois seguir os mesmos passos descritos no paragrafo acima.
Infelizmente não há transporte público que leve até o local, por isso, se você precisa alugar um carro para essa viagem recomendamos que você utilize esse comparador de preços que traz as principais locadoras de veículos do mercado nacional e você pode optar pelo melhor custo x benefício.
O que aconteceu com São João Marcos
O local onde hoje funciona o Parque Arqueológico e Ambiental São João Marcos já foi a sede da cidade de mesmo nome. Fundada no século 18 foi uma grande produtora de grãos no ciclo do café.
A partir de 1889, quando o café entrou em decadência devido a abolição da escravatura a cidade decaiu junto.
O fim da cidade de de São João Marcos foi uma decisão política já que desde o fim da década de 30, a capital (Rio de Janeiro) sofria com desabastecimento de água e era necessário ampliar o fornecimento de energia elétrica.
A solução encontrada pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, foi de captar água da represa da Light em Ribeirão das Lajes, já que eram mais puras do que as vindas do Rio Paraíba do Sul, além de o custo das obras ser menor e o tempo de execução três vezes mais curto.
A obra de aumento da barragem faria com que a cidade de São João Marcos fosse inundada. Em 1941 a light começou a comprar as casas dos moradores de São João Marcos e as mesas foram sendo demolidas.
A demolição das casas foi feita para que não houvesse tentativa de retorno por parte da população.
Os moradores não aceitam a situação passivamente e fizeram inúmeras tentativas de reverter a situação inclusive conseguindo o tombando da cidade
Reconhecendo seu conjunto arquitetônico colonial ela foi a primeira cidade tombada do Brasil em maio de 1939, e deixou de ser um monumento nacional do ano seguinte, pelo decreto assinado por Getúlio Vargas, para acelerar obras em Ribeirão das Lajes.
Apesar dos esforços, em 1943 apenas a igreja estava de pé.
Em 1990 as ruínas de São João Marcos foram tombadas pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural).
Uma cidade inteira adormecida desde a década de 40, que se tornou um sítio arqueológico com a missão de resgate de sua memória.
Já a Usina de Fontes Nova segue até hoje em funcionamento.
Parque Arqueológico e Ambiental São João Marcos
O espaço se tornou um parque arqueológico e ambiental no ano de 2008, com a intenção de manter viva a história do lugar e também cuidar da preservação do belo e amplo espaço natural que lá existe, uma área de 930 mil m².
Além das ruínas, o visitante também poderá ter acesso ao Centro de Memória. Essa sala conta com uma exposição permanente que discorre sobre os fatos históricos da cidade extinta. Há um vídeo/documentário muito interessante com relatos de cidadãos que viveram em São João Marcos e tiveram que abandonar suas casas.
Onde comer no Parque Arqueológico e Ambiental São João Marcos
Há apenas um quiosque dentro do parque que serve lanches rápidos e bebidas. Vale saber que eles não aceitam cartão de crédito ou débito, o pagamento deve ser em dinheiro ou pix.
Quantos dias é preciso para conhecer o Parque São João Marcos
Apenas um dia é suficiente para conhecer as ruínas dessa “cidade fantasma”, o que acaba fazendo do destino um local ideal para uma viagem bate e volta a partir do Rio de Janeiro.
Informações úteis e dicas para a sua visita
– O parque funciona de quarta a domingo, das 9h às 16h;
– A visitação no Parque Arqueológico e Ambiental São João Marcos é gratuita;
– Após a pandemia de covid-19 é necessário apresentar o seu comprovante de vacinação em dia para acessar o parque, ou seja considerando todas as doses previstas para a idade de acordo com o calendário de vacinação;
– Não há sinal de telefone nem de internet no local, prepare-se para passar um dia “off-line“;
– No local há banheiros e estacionamento gratuito.
– O parque oferece visitas guiadas gratuitas para grupos acima de 10 pessoas. As visitas de grupo, incluindo escolas, precisam ser agendadas previamente por email.
– Para maiores informações e dúvidas faça contato com o parque no telefone e email a seguir: (24) 98178-1797 ou [email protected].
Mapa de localização do Parque Arqueológico de São João Marcos
Onde se hospedar perto do Parque
Se você acha a viagem cansativa e a sua intenção não é fazer um bate e volta, o local mais próximo para se hospedar é no centro de Rio Claro, a 20 minutos de distância.
Outra opção pode ser em Mangaratiba, que fica a uma média de 40 minutos de distância.
Veja aqui opções de hospedagem em Mangaratiba.
Arredores do Parque São João Marcos
Quem vem de Mangaratiba pode fazer uma parada no Mirante Imperial, na Serra do Piloto.
Se tiver perto da hora do almoço, também pode fazer uma parada estratégica no restaurante Empório da Barreira, que fica na estrada Estrada Mangaratiba – Rio Claro (RJ 149).
Você já tinha ouvido falar desse lugar? Conhece outra “cidade fantasma”? Deixa suas dicas pra gente nos comentários.
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