A cidade de Carambeí fica a aproximadamente 135km de Curitiba. Uma ótima opção para bate e volta de um dia ou mesmo de uma tarde é ir até lá para conhecer o Parque Histórico de Carambeí. Um passeio onde você irá fazer uma imersão na história da imigração holandesa para o Brasil e sua cultura, hoje preservada pelos descendentes e também pelo parque.
Um pouco da história da cidade de Carambeí
A cidade que atualmente tem pouco mais de 22 mil habitantes, fica localizada no interior do Paraná, na região dos Campos Gerais. Ela teve sua origem numa fazenda que era parada obrigatória no Caminho do Viamão. No início do século XX imigrantes holandeses chegaram no Brasil e se estabeleceram na antiga Fazenda Carambeí, formando um povoado designado com o nome de Vila de Carambeí.
Esses holandeses encontram um outro grupo de imigrantes em 1911 que estavam construindo uma ferrovia para a empresa Brazil Railway Company. A tal companhia queria desenvolver a nova área adquirida e entregava aos colonos um lote de terra, uma casa, bois e vacas leiteiras. Então, depois de assinarem um contrato com a Brazil Railway Company, os imigrantes holandeses forneceram leite e comida aos operários que trabalhavam na construção da estrada férrea.
Os imigrantes holandeses fundaram então uma colonia agropecuária e começaram com a produção de leite e queijo. Alguns anos depois, as fábricas foram incorporadas na Cooperativa Batavo, fundada em 1925.
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Visitando o Parque Histórico de Carambeí
Em virtude da comemoração dos 100 anos da chegada dos primeiros imigrantes holandeses na cidade de Carambeí, no ano de 2011 foi inaugurado o Parque Histórico de Carambeí. Ele foi construído para resgatar a história da colonização holandesa na cidade, preservando sua história e difundindo a memória desse povo.
Construído a partir de uma parceria entre a Associação do Parque e a Cooperativa Batavo, trata-se do maior museu histórico a céu aberto do Brasil, com 100 mil m², fazendo o visitante se transportar para o início do século XX.
O acervo do parque foi formado por doações da comunidade e conta com uma imensidão de itens como utensílios domésticos, livros, ferramentas, móveis, tratores, entre outros e além disso o parque é dividido em várias alas, que vamos falar a seguir.
Casa da Memória e Koffiehuis
Logo na entrada do museu fica a Casa da Memória, mas se você for fazer a visita guiada (é possível solicitar acompanhamento de guia, mediante agendamento prévio) a visita começa ainda antes disso, no jardim que fica na frente da casa. Além de abrigar diversas espécies de flores, o espaço é a base conceitual do parque pois contém símbolos importantes da história da colonização, e são eles: o Peixe, que é símbolo da religiosidade cristã, o Semeador, símbolo da ação, da perseverança, da educação e do trabalho e o Cooperativismo, símbolo da união da sociedade para propósitos em comum.
Do jardim a visita segue para a Casa da Memória propriamente dita, ela é a primeira ala do museu, em funcionamento desde 2001. Antes de se tornar museu, a construção que data de 1946 era um estábulo. Por lá as atrações estão divididas em dois andares. Logo na entrada o visitante se depara com uma maquete enorme, ela reproduz a colônia, até então chamada de Carambehy, até o ano de 1950.
No segundo andar o visitante encontra reproduções de fachadas de casas, comércio e escola da era colonial, além de vários objetos interessantes da mesma época.
Voltando ao primeiro piso estão os sanitários, uma lojinha de souvenires com vários itens a venda, inclusive alguns importados diretamente da Holanda e a Koffiehuis Confeitaria e Restaurante. Infelizmente quando visitei o parque a confeitaria estava fechada pois fiz uma visitação exclusiva para blogueiros que aconteceu numa segunda feira, quando normalmente o parque não abre, porém lá o visitante vai encontrar um restaurante que prepara pratos com influência da culinária holandesa, incluindo vários tipos de tortas e também pratos com influencia da culinária indonésia.
Ainda nessa primeira ala há um parquinho infantil e é importante dizer que a visitação nesta parte do museu não é cobrada, ou seja, é totalmente gratuita.
Vila Histórica
Ao ultrapassarmos a ponte pênsil (tipo de ponte sustentada por cabos ou tirantes de suspensão), trazida especialmente da Holanda, chegamos na Vila Histórica. Logo na entrada podemos assistir a um vídeo institucional que conta um pouco mais sobre a fundação do Parque Histórico de Carambeí. No mesmo local é possível vestir-se tal qual um holandês ou uma holandesa, inclusive usando tamancos, para uma foto (R$ 5,00 por pessoa) num ambiente que recria a sala de um colono.
Na Vila Histórica o visitante tem a oportunidade de andar em meio a réplicas de dezenas de edificações que reproduzem o estilo de vida do imigrante holandês no início do século XX, como a igreja, a escola, a antiga estação de trem, entre outras construções. Além de caminhar entre elas é possível visitá-las por dentro. Algumas casas simulam situações do vilarejo original e são decoradas com objetos e personagens que mostram de uma maneira bem real, como era a vida naquela época, outras funcionam como museus e demais espaços de interação como o Museu do Trator.
Parque das Águas
O Parque das Águas é um espaço inspirado no parque ambiental holandês, Zaanse Schans que fica localizado próximo a Amsterdã. Essa é a parte mais nova do parque, inaugurada em 2015, onde são apresentadas soluções holandesas para o desenvolvimento sustentável e tecnologia de acordo com o controle do fluxo de água em diques, barragens, pontes e moinhos.
As construções dessa parte do Parque Histórico de Carambeí, em sua maior parte, são feitas com engenharia sustentável, ou seja, na sua construção foram utilizadas madeiras de reflorestamento, tijolos ecológicos, entre outros itens. O interior das casas, replicas das que existem no interior Holanda, servem como espaço para exposições. Por lá, completam o charme das casinhas, um belo lago artificial e um moinho.
Demais alas
Por lá ainda existe uma área chamada de Pavilhão de Exposições, ou seja, um espaço direcionado para a realização de feiras e eventos rurais e esportivos e há um projeto para o lançamento futuro de uma ala que será denominada Centro Cultural Amsterdam. A ideia é que este ambiente seja a reprodução de um quarteirão de Amsterdam com espaço para shows, eventos e restaurantes. Um ótimo motivo para visitar o parque novamente, não acham?
Uma excelente alternativa para conhecer o Parque Histórico de Carambeí e fazer seu dia render mais é combiná-lo com uma visita a cidade de Castro, para explorar a Castrolanda.
Informações Úteis
Horário de funcionamento: De terça a domingo das 11h as 18h (No horário de verão até às19h)
Valor do ingresso: R$ 16,00 por pessoa (estudantes, professores, doadores de sangue – mediante comprovação e crianças entre 6 e 12 anos pagam meia entrada. Crianças abaixo de 5 anos não pagam).
Telefone: (42) 3231-5063
Endereço: Avenida dos Pioneiros, 4050 – Carambeí
Email: [email protected]
Site: www.aphc.com.br
Facebook: @ParqueHistoricodeCarambei
Instagram @ParqueHistorico
Há estacionamento gratuito no local.
Pessoas com dificuldade de locomoção podem solicitar carrinho elétrico e/ou cadeira de rodas na recepção.
Visitas de grupos com agendamento prévio.
Um casal, ou uma família que deseje visita guiada precisar entrar em contato pelo e-mail do [email protected] e solicitar, mas tudo dependerá da demanda do dia. Se chegarem ao Parque em um dia tranquilo é possível solicitar na hora, se o mediador não puder acompanhar, irá contar a história antes de iniciar a visita.
*Todos os valores descritos nesse post tem base no mês de novembro de 2018.
Blogs que participaram da ação:
– Diário de Uma Viajante
– Sentidos do Viajar
– Olívia Garimpando Por Aí
– Fora da Toca
– Viajando na Janela
– Idas e Vindas Blog
– Uma Senhora Viagem
– De Mochila e Caneca
– Inda Vou Lá
– Turista Fulltime
– Leve Sem Destino
**A visita foi oferecida pelo Parque Histórico de Carambeí como uma cortesia. De qualquer modo reforço que sou transparente em relação às minhas impressões sobre o passeio tendo toda a liberdade de expressão para divulgar as informações sob o meu ponto de vista, mantendo assim a credibilidade deste blog.
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6 respostas
Que lugar lindo este né. Adorei a visita também! Tão pertinho de Curitiba e tanta coisa linda pra ver. Adorei seu texto, me fez reviver a visita. Obrigada
Que delícia Sylvia! 🙂
Esse Parque é muito bem estruturado e cuidado. É muito bom estarmos em um lugar assim que preserva a memória e valoriza o passado. Foi um super passeio. Post completo. beijocas
Beijos e saudades Lilian. :*